terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Continuação

Ele disse que ia, mas, mesmo obrigado, não foi.
Eles disseram que voltarão, e, mesmo sendo direito, virão, infelizmente!

Natureza (des)humana

Fonte: Diário do Pará

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Sobrevivendo com arranhões

Vítimas de Eldorado sofrem abandono
Sobreviventes
Sem atendimento médico, mais de 60 pessoas cobram atenção do governo
Os sobreviventes do massacre de Eldorado de Carajás reclamam do abandono por parte do Estado com relação ao tratamento das vítimas, garantido por decisão judicial em agosto de 1999. A decisão determinou que o Estado assumisse o atendimento médico das vítimas, arcando com os tratamentos e ainda com as despesas associadas, como deslocamento, alimentação e medicamentos, entre outras. Na época, o Estado interpôs vários recursos até começar a cumprir a ordem, em maio de 2000.
A situação de abandono já dura sete meses, segundo as vítimas do massacre que estiveram ontem no Palácio dos Despachos, em audiência com representantes do governo. Na reunião, o governo prometeu criar uma equipe multidisciplinar para o atendimento às vítimas com seqüelas de baleamentos sofridos durante o confronto.
Segundo Antônio Alves, um dos representantes das vítimas, a promessa do governo, repassada pelo procurador Graco Ivo Alves Rocha Coelho, não é satisfatória, porque os pacientes estão sem atendimento há sete meses. 'Nos sentimos extremamente prejudicados, porque não estamos aqui pedindo nada, mas sim cobrando aquilo que já é obrigação do Estado, determinada pela Justiça'.
Alves informou que há quatro pacientes em estado crítico, precisando de atendimento com urgência, além do 57 sobreviventes contemplados pela decisão judicial. Ele reclamou do atendimento prestado a ele e a Josimar Pereira, que vieram para Belém na segunda-feira, 21, representar as vítimas e solicitar audiência com o Estado.
'Além de não sermos recebidos naquele dia, fomos colocados em um albergue sem a estrutura necessária para uma boa acomodação. Este governo está nos tratando muito pior do que o próprio governo que promoveu o massacre, porque antes éramos hospedados em hotéis simples, mas com condições dignas. Hoje não temos sequer o tratamento médico e nem uma data precisa de quando vamos voltar a tê-lo', desabafou.
Na reunião, o procurador ressaltou que será criada uma nova comissão para atendimento das vítimas, mas não informou a data. Dos 70 feridos que sobreviveram ao massacre, apenas 20 conseguiram reunir na época todos os documentos e laudos exigidos para processar judicialmente o Estado. Em 1988, o grupo ingressou na Justiça com uma ação ordinária de indenização por danos materiais e morais, além da garantia ao tratamento. A indenização no valor de R$ 2,9 milhões foi reduzida para R$ 1,2 milhões, após o Estado ter recorrido quatro vezes.
Jornal O LIBERAL, 24.01.2008

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

No Palácio

23.01.2008
De novo, o massacre

O advogado Walmir Brelaz comanda hoje um grupo de sobreviventes do massacre de Eldorado em audiência no Palácio dos Despachos. Segundo Brelaz, a principal causa é a falta de assistência médica determinada pela Justiça em 1999, três anos após o confronto com a PM que matou 19 sem-terra. Será a segunda reunião da semana sobre o tema. Na segunda-feira, as queixas. Hoje, as respostas. Os sobreviventes, alguns em estado grave, diz Brelaz, reclamam de abandono desde agosto do ano passado.

Resultado(?)


Hoje, três sobreviventes (Índio, Rubenita e Miguel) e seu advogado, Walmir Brelaz, reuniram-se com a Sra. Gisele e o procurador Graco, representantes da governadora do Pará. Como principal ponto de pauta estava a exigência de tratamento médico. Isso mesmo, EXIGÊNCIA, já que existe uma ordem judicial nesse sentido datada de 1999. Além disso, a governadora editou o Decreto nº 116/2007, publicado em 17.04.2007, no qual estabelece que “O Estado do Pará continuará a prestar, pelo tempo que se fizer necessário e desde já indeterminado, o tratamento médico às vítimas do conflito, através da mencionada equipe multidisciplinar aos envolvidos no conflito de Eldorado dos Carajás que se submeteram à perícia judicial e/ou da própria equipe, inclusive com fornecimento de medicamentos prescritos aos pacientes”.
Os sobreviventes reclamam que nada isso foi efetivado. – Tá tudo na mesma, estamos sem qualquer tratamento – reclama Antônio Alves, conhecido como Índio.
Ficou deliberado que será formada uma equipe (ou seja, não foi instituída a prevista no decreto) para, inicialmente, verificar a atual necessidade de cada sobrevivente, e depois efetuar o tratamento médico.
Josimar, um dos sobreviventes, traduz o pensamento de todos: - nós só vamos acreditar no tratamento quando ele realmente chegar. Isso eles já dizem desde 1997!

Encontro

Jhonny Yguison e Rubenita Justiniano, duas pessoas diferentes, mas com histórias semelhantes: são vítimas da violência policial. Jhonny foi atingido por uma bala no dia 20 de novembro de 2001; Rubenita também foi ferida em 17 de abril de 1997, no massacre de Eldorado do Carajás. Os dois mostram suas história e suas dores.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Reunião


Quarta-feira (23.01), às 10h, no Palácio dos Despachos, haverá uma reunião entre um grupo de sobreviventes do massacre de Eldorado do Carajás (cinco) e representantes do governo do Estado.
Dentre as questões a serem discutidas, a principal refere-se a FALTA DE TRATAMENTO MÉDICO a ser fornecida pelo Estado (por decisão judicial de 1999). Os sobreviventes reclamam que estão completamente abandonados. Não recebem qualquer tratamento médico desde agosto do ano passado. E alguns estão em estado grave.
Ontem (segunda) houve a primeira reunião e amanhã serão dadas as respostas.
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