domingo, 20 de abril de 2008

Massacre na imprensa

Cerca de seis mil integrantes do MST (Movimento de Trabalhadores Sem Terra) participam de programações em dois acampamentos, montados na capital e interior, para relembrar os 12 anos do Massacre de Eldorado de Carajás, quando 19 trabalhadores sem-terra foram mortos em confronto com a Polícia Militar na rodovia PA-150, na Curva do 'S', em Eldorado de Carajás.
Em Belém o acampamento começou a ser montado ontem, na Praça da Leitura, em São Brás. A programação já começa nesta quarta-feira (16), véspera do dia do Massacre. A expectativa é reunir pelo menos 600 trabalhadores vindos dos municípios de Acará, Castanhal,Capitão Poço, Irituia, Ourém e do distrito de Mosqueiro.
Na manhã de hoje os acampados participam de uma plenária sobre direitos humanos, quando deve ser discutida a violência no campo e na cidade. 'Este ano vamos relacionar a violência no campo com a da cidade, com a participação instituições criadas por familiares de vítimas da violência urbana, entre elas do caso Nirvana e Lilian Obalski', disse a coordenadora regional da Comissão Pastoral da Terra, Jane Silva.
Durante o ato, também serão lembrados casos de assassinatos ainda sem solução. 'O assassinato dos sindicalistas Doutor e Fusquinha, mortos em Parauapebas, até hoje os acusados não foram julgados', lembra a coordenadora da CPT.
Após a plenária, que acontece em um clube localizado na Avenida Almirante Barroso, ao lado do estádio Baenão, os sem-terra planejam uma caminhada pela paz nas ruas da cidade.
À tarde, eles seguem para o Ministério Público Federal, onde entregam um dossiê contendo denúncias de crimes contra o movimento social. 'O MST está sendo acusado de muitos crimes. Queremos mudar essa imagem e que essas denúncias sejam averiguadas', disse.
No dia do que lembra o massacre, atos ecumênicos fazem parte da programação em Belém e em Eldorado do Carajás.
Em Carajás, a programação acontece pela manhã. 'Será um ato ecumênico, seguido de um ato político, onde esperamos a participação de mais de cinco mil pessoas', explica a coordenadoras do MST do Pará, Ayala Ferreira.
Em Belém, o ato ecumênico acontece na Praça da Leitura, no horário em que ocorreu o massacre: às 17h
PORTAL ORM, 16.04.2008
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